02 outubro 2007

Deliros e Delicias


Sinto o toque dos lábios seus,
que agora são meus
em minha boca.
Ainda posso sentir o gosto,
do ultimo gole de vinho
que você bebeu.
Deixa-me sorver o seu sabor,
me embriagar nesse amor.
Sirva-me desse vinho, na tão transparente,
como eu me cristalizo
deixando-lhe todo meu sentimento aparente.
Deixe-me sentir o gosto,
de seu sorriso satisfeita
pelo encontro de nossas bocas,
sedentas de línguas e salivas.
Sirva-me desse vinho
cor de sangue,
como o que percorre em minhas veias,
fazendo-me ruborizar,
ao sentir seu corpo simétrico ao meu.
Sirva-me desse vinho,
sem importar-se
com as gotas que caem
manchando a toalha alva.
São como as marcas,
da história dessa noite,
do nosso amor e das nossas insanidades,
que na1 maculam nossas almas,
pois é um amor profundo
que refletido se faz,
no encontro de nossos seres,
que buscam pela paz.
Amor, deixa-me procurar
nos seus lábios,
os residuos
do vinho que tomou,
pois quero sentir teu gosto,
no beijo que me sobrou.
Saibamos que imunes na1 sairiamos,
quando viver esse momento decidimos.
E ao nos entregarmos nesse instante,
só sentimos a vontade
do desejo constante
que assume o comando de nossos actos.
Amor,
eu que nem costumo beber,
fiz-me vencida,
pois quero teus sabores conhecer,
como desse ato que te faz saber.
Sirva-me então, o que desse vinho restou,
para adormecermos,
e quando acordarmos novamente,
perceber que na1 era devaneio somente,
foi o nosso amor que concretizou-se realmente

Por Simoný Raphaella

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