14 agosto 2007

Passeio No Teu Corpo


Teu corpo é assim como uma escultura
entalhada no meu desejo.
Eu te protejo da minha insensatez entre beijos
passeio por ti
com a calma dos répteis serpenteando a presa.
Me finjo indefesa enquanto vislumbro o prazer de
te lamber.
Me roço na carne feito coisa paralisada me
arrastando em atritos.
Esquece teus mitos que minha boca te abafará os
gritos.
Arranho tuas costas (no fundo gostas)
e te cravo os dentes (no fundo sentes)
e te confundo (se toco no fundo).
Aliso teus fios, te dou de provar meu cio.
Afago teus pelos, me emaranho em teus cabelos.
E te faço macho amando de cima abaixo, louco,
livre, réu.
Tua meta é meu papel,
tua atriz, tua atroz, tua atrás.

(Lilian Maial)

Nenhum comentário: